Se o show da sua banda favorita já não fosse motivo suficiente para ficar ansioso, havia um extra naqueles 7 e 10 de abril: as equipes do Coldplay Brasil, Viva Coldplay e Chris Martin Brasil iriam conhecer de perto seus ídolos.
Quando a produção veio nos buscar e nos levar até a sala onde aconteceria o encontro, a ansiedade aumentava cada vez mais, e quanto mais a gente tentasse se preparar para conhece-los pessoalmente, mais dava errado. Assim que chegamos em frente ao prédio dos camarins, nos encontramos com o pessoal do Viva Coldplay e Chris Martin Brasil. A produção da banda olha curiosa para o tamanho das caixas e fica maravilhada com a surpresa que fizemos.
A caixa cheia de sonhos de fãs que sempre sonharam em mandar um recado à banda.
Ao entrarmos na sala, nos deparamos com ele: Anthony Martin, pai de Chris. Começamos a conversar com Sr. Martin e o papo flui como se fossemos bons amigos há muito tempo. A humildade dele é algo que impressiona, pois em todo o tempo que permaneceu lá (mando um “Parabéns pelo filho!”, quando ele sai), atendeu aos fãs, conversou, tirou fotos, e até contou a história da foto de Chris, quando criança, que aparece na capa de A Head Full Of Dreams (à esquerda). “Ele tinha oito anos quando essa foto foi tirada”, diz Anthony olhando para o painel com a imagem, logo atrás de nós. “Foi quando estávamos no Zimbábue”, completa. “Quem tirou essa foto?”, pergunto, “Eu gostaria que fosse eu, mas acho que foi minha irmã”, diz. Martin também fala sobre alguns pontos altos da banda no Brasil, como o Rock In Rio, em 2011, onde ele ficou maravilhado – e se embaralhou um pouco ao falar Copacabana Pallace e precisou de um pouco de ajuda.
Anthony posou para uma foto com as equipes. (Foto: Ariel Martini)
Pergunto qual sua canção favorita do Coldplay e ele responde que é The Scientist. Ele continua o papo dizendo que “É praticamente certo que ela vai estar na setlist. Vai ser uma apresentação bem longa, mas sobre Life In Technicolor ii eu não tenho certeza”, responde ele, quando questiono se seria possível a banda tocar a canção.
Os minutos que antecedem a chegada da banda servem para dar uma observada no local, mas a ansiedade aumenta cada vez mais. Em uma mesa, há alguns comes e bebes. Salgadinhos Lays, Pringles, algumas Stella Artois (13 delas já vazias. Sim, eu contei) e cerca de seis garrafas de vinho. Em uma geladeira, há Coca-Cola e suco Kapo. Ao lado do já conhecido sofá preto, há uma mesinha com alguns Sonhos de Valsa e algumas garrafas d’água.
A equipe do Coldplay Brasil reunida, pela primeira vez, na chegada à pista. (Foto: arquivo pessoal)
Vicki Taylor, uma das amigas mais antigas da banda, e que trabalha com eles atualmente, chega para ir nos preparando. A cada vez que as portas automáticas se abriam, era um suspiro. Super carinhosa, Vicki recolhe nossos presentes e sai da sala para encaminhar pra eles. Cerca de 5 minutos (que mais pareceram dois séculos) depois disso, Guy, Will, Chris e Jonny chegam (nessa ordem) à sala. Guy, o primeiro, abre um enorme sorriso ao nos ver e manda um “Olá, pessoal”. Como fomos instruídos, os cumprimentamos com um aperto de mão ou high fives. Esbanjando simpatia, os integrantes nos cumprimentam.
Quando você se depara com pessoas que só está habituado a ver por fotos ou vídeos, é difícil de saber o que fazer e, principalmente, o que falar e você acaba chamando Will Champion de Phil. Peço desculpas pelo vacilo, e aproveito pra dizer que sua camiseta é linda. “Ah, obrigado!” diz ele. Aproveitamos para tirar um tempinho parar trocar uma ideia com os membros do Coldplay. Jonny casualmente olha para minha camiseta e pergunta com sua voz aveludada “Foi você que deu o livro de fotos?” (a capa dele tinha a mesma imagem que a estampa de nossas camisetas), respondo que sim, e então começamos um rápido papo bem descontraído, onde eu esqueci como se falava “prateleira” em inglês e, tentando explicar o que era um dos presentes, o vi me olhando com uma cara de “vai, amigo, você consegue!”.
No Rio de Janeiro, os representantes da nossa equipe também puderam conhecer a banda. (Foto: Ariel Martini)
Sempre tive um sonho de ter uma foto ao lado de Will, mas devido às regras do meet and greet serem um tanto rígidas, não imaginei que poderia ter. Até que me deparo com a imagem do baterista me pedindo licença para ficar ao meu lado durante a foto, e eis que surge Chris Martin em minha frente, agachado, e o fotógrafo captura alguns momentos. “Você é muito alto!”, diz Gabi, do CPBR, a Chris, e ele “Me desculpe!”. Uma vez que as fotos foram tiradas, vejo que Will ainda está do meu lado e pergunto “Posso te dar um abraço?”, rapidamente, ele responde “Claro!” e lhe digo como ele é fofo e adorável. Abraço dado, pergunto como está o Phil (que não apareceu), e Will diz “Ele está ótimo!”
Chris repara na camiseta que Karina (e o resto da equipe do Coldplay Brasil) está usando e pergunta se ela é de fã-clube. O papo ia seguindo até que os seguranças pedem que a gente se retire, e começa a correria até os setores pois o show está prestes a começar. Um soquinho com o vocalista e estou fora da sala.
A banda e os integrantes das equipes do Coldplay Brasil, Viva Coldplay e Chris Martin Brasil. (Foto: Ariel Martini)
Um momento incrível desses foi precedido por um tão incrível tanto. Das poucas coisas que me lembro que aconteceram entre as 20h30 e 23h30 daquele dia 7 de abril, uma delas é da nossa equipe, de mãos dadas, indo em direção ao local do encontro. Enquanto caminhávamos, Lianne La Havas fazia seu show de abertura de tocava a canção Unstoppable. Naquela hora, bem como diz a letra, nada podia nos parar. Uma canção que vai ficar marcada pra gente – e a cantora sabe disso.
O resto, como eles dizem, é história.