Não houve fã que não se espantou com a falta de organização das vendas dos ingressos para os shows da banda: filas virtuais enormes, sessões expiradas após horas aguardando, ou com os preços, condições de compra e taxas da Tickets For Fun. Em Goiás, o fã Leonardo Rodrigues Magalhães entrou com uma ação no PROCON-GO contra a T4F por conta da alta cobrança de taxa de conveniência e entregas após a compra de seus ingressos.
“Foi uma bagunça danada, venda meia noite, fila virtual gigantesca. Acabei comprando pra alguns amigos também, já que eu era o melhorzinho na fila. No total, comprei quatro ingressos pra São Paulo e três pro Rio. O mais barato na casa dos seus R$ 500!!!”, disse Leonardo, em postagem no seu Facebook. “No outro dia, passada a felicidade de ter conseguido comprar, fui rever os valores. E não é que tiveram a petulância de me cobrar taxa de entrega pra enviar os ingressos por e-mail, em PDF, pra eu mesmo imprimir em casa? Taxa de entrega do quê? De e-mail? Fala sério! Enviei e-mail reclamando e pedindo devolução, mas eles se negaram a devolver, disseram que a cobrança estava certa e pronto”.
A cobrança dessa taxa de entrega para um ingresso que será impresso pelo próprio cliente é condenada pelo PROCON. Como não houve entrega de nenhum produto, não existe porque existir cobrança de taxa do tipo. A taxa de conveniência pode até existir e, quando existe, deve ser cobrada por transação, não importando quantos ingressos foram adquiridos nela, e em valor fixo, ao contrário de como a empresa atualmente faz. O fã salienta que não quer levar vantagem nisso, quer apenas de volta o que lhe foi tomado indevidamente. “Como manda o Código de Defesa do Consumidor: cobrança indevida, devolução em dobro e corrigido”, lembra.
“Procurei o PROCON-GO e a audiência de conciliação já está marcada. A minha solicitação nem precisa ser julgada ou analisada, já existe jurisprudência interna sobre esse caso. Agora é torcer pra que eles devolvam o dinheiro, fato que o PROCON não tem o poder de obrigá-los a fazer, amigas advogadas já me alertaram. Mas preocupa não, se não devolverem, ai eu parto pro plano B que pode até levar anos, mas que um dia eu receberei, não tenham dúvida disso!”
Em mensagem ao Coldplay Brasil, Leonardo dá o conselho: “Se todos fizessem isso, a empresa pagaria pelo o que fez”.