O que você irá ler a seguir é uma adaptação de uma entrevista do fã-site italiano ColdplayZone com Davide Rossi, violinista que participou de A Head Full Of Dreams e fez outros trabalhos com a banda. A entrevista completa você pode ler aqui.
Olá Davide! Nós vimos recentemente uma foto em seu Instagram com a legenda “Escrevendo para o Super Bowl… O tempo está correndo!”. O que você pode revelar sobre sua colaboração com a banda?
Olá pessoal! A legenda “O tempo está correndo!” no meu Instagram é porque estamos nos aproximando da apresentação do Coldplay no Super Bowl e muito trabalho ainda tem que ser feito. Essa colaboração com o Coldplay é uma experiência completamente nova em nosso meio de parceria. Geralmente eu trabalho só nos discos, exceto algumas (muito raras) apresentações com Chris e a banda, eu nunca participei de um show do Coldplay antes. Então você pode imaginar a surpresa, quando eles me pediram uma mão para os arranjos do Super Bowl, no qual eu venho trabalhando há dois meses. Eu estou envolvido tanto no arranjo quanto nos ensaios da banda e seus convidados antes do show.
Em um vídeo mostrando o por trás das cenas, que antecipa do Super Bowl, nós notamos que a banda está criando um palco 360°, com algumas formas interessantes, para apenas 12 minutos de show. O objetivo consiste em sublimar toda a carreira da banda em um curto espaço de tempo. Quão difícil será fazer tudo isso perfeitamente?
Honestamente, quando eu vi o programa pela primeira vez e toda a grande organização por trás dele, eu fiquei com dor de cabeça! Algo nunca visto antes. Na minha opinião, será um marco na carreira deles, mesmo eles tendo lotado estádios. O fato de terem me convidado para ajudar nesse show me faz sentir humilde e orgulhoso ao mesmo tempo, de nossa relação e de sua grande confiança em mim.
No vídeo podemos ouvir sobre uma preparação de seis meses para esse grande show. Você esteve envolvido com o projeto desde o começo ou você entrou depois disso?
Pra falar a verdade, eu estive envolvido nele por dois meses. As partidas de futebol do Coldplay duram muito mais que 90 minutos e as lesões duram mais que o comum!
No mesmo vídeo vimos você e Chris se abraçando, enquanto ele agradece pelo seu trabalho. Como sua relação com ele (e também com os outros membros da banda) se desenvolveu ao longo dos anos? E o seu trabalho em estúdio?
Bem, sempre há um respeito mútuo e até mesmo uma amizade que se desenvolveu ao longo dos anos cada vez mais. Como colaborador há 15 anos, seja para o Coldplay ou para outros artistas em nível internacional, eu estou aprendendo a fazer minha parte tão eficiente e profissionalmente for possível. É, certamente, um privilégio e um dom fazer o trabalho que você gosta e que é parte do seu DNA – no meu caso, desde que eu era criança – e fazer isso com artistas de renome internacional é obviamente muito mais do que uma recompensa. Coldplay, tanto quando Goldfrapp e The Verve, são um capítulo muito importante de minha carreira, pois eles representam, além de um trabalho de alto nível, uma colaboração com gente muito especial. É claro que temos sempre que manter nossos pés no chão, mas posso dizer que toda vez que vejo Chris, Jonny, Guy, Will, e também Rik, Dan e todo o pessoal, é como sentar com a família para um almoço de domingo com muito tarallucci (tradicional biscoito italiano) e vinho pra todo mundo! (Eu não sei porque mencionei tarallucci e vinho, mas ok!)
Você concorda conosco em pensar que o Super Bowl será um momento decisivo na carreira do Coldplay? Os motivos por trás de sua resposta estão ligados apenas à importância do evento ou há algo mais?
Certamente é uma consagração… Eu não conheço nenhum programa de TV que possa ser maior do que o Super Bowl mundialmente. Essas nomeações são sempre um grande passo na carreira de um artista ou de uma banda. Elas são o reconhecimento de que você está fazendo o que você ama dando o melhor de sua habilidade, e te dão força e são um incentivo para continuar seguindo o caminho que já foi trilhado.
Sem dúvidas, a apresentação do Coldplay no Super Bowl vai também elevar as vendas de seu novo album, A Head Full Of Dreams, no qual você participou também. Como você compara esse álbum com seus trabalhos anteriores e o cenário musical internacional?
Eu devo dizer que achei o novo disco deles muito sólido, de alta qualidade, e muito bem feito. É cada vez mais difícil hoje em dia manter os níveis incomparáveis e uma identidade cultural definida ao mesmo tempo. Eu acho que eles estão muito bem em seu caminho, seguindo seus instintos, trabalhando duro e os resultados podem ser vistos, em minha opinião.
Em A Head Full Of Dreams, o que é, na sua opinião, a mais inovadora, original, e bem sucedida canção, dos pontos de vista dos instrumentos e o trabalho por trás?
Eu não sei… Eu não tendo a ouvir algum trabalho que participei por, pelo menos, alguns anos! Eu adorei Amazing Day pois acho que é muito diferente de todas as outras músicas…