Há dois anos (precisamente, ao fim de dezembro do ano de 2012), ao encerrar um show na Austrália, Chris Martin afirmou que não haveriam mais shows grandes nos próximos três anos. Seria uma forma de descansar de uma turnê tão massiva (e de alto custo) como a Mylo Xyloto Tour foi? De uma forma ou de outra, a banda levou isso a sério, e desde então tem feito apenas shows pequenos, como no Under1Roof, em dezembro, e os shows da pequena e intimista turnê de promoção do Ghost Stories.
Desde a declaração no show australiano, várias especulações de que a banda estaria chegando ao seu fim estamparam as páginas iniciais de diversos sites do mundo musical. Não seria a primeira vez que isso estaria sendo noticiado, já que depois do lançamento de X&Y em 2005, o mesmo Chris Martin afirmou que “bandas não deveriam continuar depois dos 30 anos de idade” (naquela época, os integrantes estavam chegando à idade).
Como dito logo no início deste post, a banda levou ao pé da letra a surpreendente declaração de Chris. A banda então, marcou poucos shows próximos da data de lançamento de Ghost Stories (marcado para 20 de maio no Brasil). Esses shows? Pequenos, em locais fechados, já que a sonoridade do sexto álbum da banda não é tão “extravagante” e com uma grande proporção como ocorreu com seus sucessores, Mylo Xyloto e Viva La Vida (ambas as turnês tiveram shows lotados em estádios).
Estaria então esse “prazo” de três anos chegando ao fim? Pois o mesmo tem sua validade em dezembro deste ano de 2014. Rumores apontam que o Coldplay estaria marcando grandes shows em 2015 (um deles no Brasil), para marcar uma volta da banda, que ficou conhecida por seus shows de grandes proporções.
Mas a questão é a seguinte: o foco da banda em seu novo álbum, é, sem sombra de dúvida, voltar, nem que seja aos poucos, às suas raízes, com as letras melancólicas e as melodias calmas como em Parachutes e A Rush Of Blood To The Head, taxados como os melhores lançamentos da banda. As turnês desses dois álbuns, foram intimistas, exceto por um ou outro show da AROBTTH Tour (o mais grandioso deles, em Sydney, que gerou o DVD Live 2003).
Fica por nossa própria conta escolher de qual lado da moeda escolher: o lado A, que quer uma turnê grandiosa, com palcos elaborados, com show de luzes, de som, ou o lado B, que quer um Coldplay mais calmo, com shows pequenos, mas em locais com acústicas grandiosas, apenas querendo o que a banda sabe fazer de melhor: se apresentar bem, independente do local.