Em outubro de 2019 começaram a surgir pistas sobre um novo lançamento do Coldplay. Foi noticiado que a banda estaria trabalhando em dois álbuns, um para ser lançado em 2019 e o outro em 2020. As noticias também diziam que o álbum para ser lançado em 2019 era um álbum mais “experimental”, ou seja, eles estariam tentando coisas novas. E então, um pôster insinuando a volta do Coldplay apareceu na estação de metrô Paulista, em São Paulo, no dia 17 de novembro. O poster foi colocado antes da hora, e retirado logo depois de notado o erro.
Neste meio tempo, foi postado nas redes sociais uma imagem contendo uma lua e um sol, ao mesmo tempo que foram adicionadas miniaturas da lua e do sol em todos os vídeos da banda no canal oficial. Estavam dando pistas para os fãs.
O pôster foi colocado novamente na estação de metrô em São Paulo, e nele notava-se a seguinte data: 22 de novembro de 1919. Os fãs começaram a especular o que seria a data, e qual seria o conceito da imagem, já que parecia uma imagem antiga e, juntamente aos integrantes do Coldplay, estavam mais duas pessoas desconhecidas nos cantos do pôster. Nesse mesmo tempo, o pôster começou a aparecer em várias cidades de diversos países e o trecho de uma canção, com a mesma foto do pôster, foi postada nas redes sociais da banda, confirmando que algo estava por vir.
Em 21 de novembro, cartas foram enviadas a alguns fãs pelo correio. A carta, digitada em uma maquina de escrever antiga, dizia que a banda estava trabalhando a muitos anos em um álbum chamado Everyday Life. Esse álbum seria duplo, com uma parte chamada Sunset e a outra Sunrise – amanhecer e pôr do sol, e seria lançado em novembro. A carta era assinada por Chris, Jonny, Will e Guy. No dia seguinte a carta ser recebida pelos fãs, a própria banda postou a carta em suas redes sociais, confirmando a veracidade da mesma.
As faixas do álbum foram divulgadas no dia seguinte após o anuncio, em jornais de diversos países, inclusive no jornal brasileiro O Globo, circulado no Rio de Janeiro.
A canção “Orphans” foi a escolhida como o primeiro single do Everyday Life, e um show de lançamento do álbum também foi anunciado, para o dia 22 de novembro. O show foi transmitido ao vivo no Youtube e aconteceu em Amã, na Jordânia. Foi dividido em duas partes – assim como o álbum. As músicas da parte sunrise foram transmitidas ao nascer do sol em Amã, à 1h, e a parte sunset foi transmitida às 11h, ambos horários de Brasília.
Como parte da divulgação e do lançamento do álbum, Coldplay fez um show no Museu de História Natural de Londres. Foi um dos poucos shows, além dos feitos em Amã, na Jordânia, pois decidiram não sair em turnê com este álbum. Em entrevista, Chris Martin disse que a banda não faria uma turnê até encontrar um meio de torna-la mais sustentável, benéfica ao meio-ambiente. Ele revelou o sonho de não utilizar plástico e aproveitar a energia solar nos shows.
O álbum, com produção de Rik Simpson, foi bem recebido pela crítica, com nota 6.8/10 da Pitchfork, 73/100 no Metacritic, e alcançou o número um no UK Albums Chart, a parada de discos do Reino Unido, sendo o oitavo álbum do Coldplay a conseguir este feito. Foi produzido entre 2018 e 2019, mas contém algumas canções provenientes das sessões de gravação de Viva la Vida or Death and All His Friends.
A banda comentou as canções do álbum para o Apple Music, e confessaram que “Arabesque” foi gravada há 10 anos, e apenas adicionaram o som do inicio antes de finalmente lança-la. Ficou nítida a politização das canções deste álbum, onde são feitas críticas a ações da polícia na canção “Trouble in Town”, ao uso de armas em “Guns” e ao pedido de paz em “Arabesque”. Rendeu seis singles: “Orphans”, “Daddy”, “Everyday Life”, “Cry, Cry, Cry”, “Champion of The World” e “Trouble in Town”.