COLDPLAY BRASiL

Coldplay é Coldplay e ponto.

Desde que eu me tornei fã do Coldplay em meados de 2011, lembro bem que o primeiro show inteiro que eu assistiria deles pela TV seria o do Rock In Rio daquele mesmo ano. Eu ainda estava conhecendo a banda mais a fundo, aprendendo mais sobre eles e lembro de ficar anestesiado assistindo aquele show incrível que foi um dos primeiros da Mylo Xyloto Tour.

Se passaram mais de 7 anos daquele momento, consegui aprender ainda mais sobre, consegui realizar o sonho de ver um show, o amor pelas músicas aumentou, enfim por tudo relacionado ao Coldplay. Só que desde aquela época já se passaram três álbuns diferentes, com ideologias e conceitos diferentes e ainda tem sempre alguém para dizer: “O Coldplay morreu”, “saudades daquele velho Coldplay”, “Coldplay era rock e hoje só é pop”.

Aquela banda de “Yellow”, “Shiver”, “Clocks”, “Fix You” e tantos outros sucessos existe e permanece com o mesmo nome em 2018. As pessoas (principalmente os fãs mais antigos) precisam aceitar que por mais que Parachutes, A Rush Of Blood To The Head e X&Y já foram feitos, a banda se modernizou.

Não sou o maior defensor dessa era mais pop, porém nem tudo é passível de crítica. Vimos surgir músicas que são hoje em dia escutadas no mundo todo e que dificilmente vão ser esquecidas na vida das pessoas. Quem nunca cantou a plenos pulmões o “ÔÔÔÔÔÔÔ” de “A Head Full Of Dreams”, gritou “olê, olê, olê” com “Life Is Beautiful” ou até mesmo fez dancinhas com “Birds” que atire a primeira pedra.

De 2000 para cá a música mudou muito e quem a consome também.

Claro que é possível entender quem diz que não são mais os mesmos e realmente não são. Mudaram, se atualizaram, se modernizaram. De 2000 para cá a música mudou muito e quem a consome também. Imagine só se a banda parasse no tempo e continuasse a fazer músicas iguais e apenas seguir apenas uma linha de trabalho? Seria tedioso e no mínimo algo preguiçoso.

Também entendo perfeitamente o fato das críticas, pois os dois últimos trabalhos foram realmente fracos perto do que o Coldplay já fez e eles tem qualidade de sobra pra fazer muito melhor, isso não resta dúvidas.

A impressão que fica hoje é que os fãs estão mais exigentes sim e até com um certo nível de razão, mas incomoda ficar batendo na mesma tecla que “o Coldplay antigo era melhor”. É preciso admitir que estão mais abertos e experimentais. Isso não tira ou minimiza o talento do Jonny, do Guy, Will e Chris. Parando pra pensar, eles conseguiram lançar por álbum três hits de sucesso mundial, ou seja, se quiserem conseguem fazer um show só com músicas conhecidíssimas e isso passando por várias mudanças no estilo musical.

A impressão que fica hoje é que os fãs estão mais exigentes […], mas incomoda ficar batendo na mesma tecla que ‘o Coldplay antigo era melhor’.

Como fã ao longo desses 7 anos, aconteceram coisas maravilhosas na minha vida, conheci ótimas pessoas e com isso vieram amigos incríveis, mas uma coisa nunca mudou: o amor pela música desses caras. Música foi feita para agradar a todos os gostos e a música feita por eles me emociona e mais outras centenas de pessoas ao redor do mundo. Passando por todos os álbuns e EPs, sempre tem uma faixa que emociona ou que arrepia. É muito mais do que apenas a música. É sobre a vida de pessoas e dos fãs que têm alguma música em especial, seja ela mais antiga ou nova.

Então, se você não gosta de uma era por ela ser mais “pop”, dê mais uma chance, sinta a música, ouça com o fone, com a mente aberta, vai que descubra que aquela música que antes odiava e era boa. A minha colega, Raphaela Gomis, repetiu uma frase do Chris Martin em sua coluna e eu faço questão de repeti-la: “Eat more chocolate and listen Coldplay”. O que não irá mudar é que Coldplay é Coldplay e ponto, ok?

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