Desde a última passagem da banda pelo Brasil, em novembro passado, a expectativa dos fãs brasileiros de Coldplay, que ficaram sabendo da gravação de um DVD no segundo show em São Paulo —no dia 8 de novembro—, não cessou. Com razão: ver um show de sua banda favorita, no seu país, ser lançado no mundo todo, é um sabor que ainda não havíamos experimentado.
Em outubro, quando Coldplay anunciou o filme Live in São Paulo, a empolgação atingiu o seu nível máximo. O show não viria sozinho: estava acompanhado do documentário A Head Full of Dreams e do CD Live in Buenos Aires.
Pois bem, conforme eu dizia antes, ainda não sabíamos o que era “ver um show de sua banda favorita, no seu país, ser lançado no mundo todo”. Pela primeira vez, será possível assistir a um show do Coldplay gravado na América Latina, com toda a energia do público —reconhecida por Mat Whitecross, diretor dos filmes.
Ao redor do mundo, os fãs estão se deslocando até as lojas de discos mais próximas de suas casas, ou acessando suas lojas pela Internet, ou recorrendo às plataformas digitais, para que possam faze-lo.
Menos no Brasil.
Estranha-se que, no país em que o DVD fora gravado, não há nenhum sinal dele. Não está nem nas prateleiras das lojas, nem nas suas lojas pela Internet. Nem sequer a sua versão digital está no iTunes.
Por enquanto, os fãs brasileiros, se quiserem assistir a um show que foi gravado na sua casa, têm de recorrer às lojas estrangeiras, ficando à mercê das estratosféricas taxas de transporte e impostos brasileiros ou, em piores casos, porém muito mais fáceis, à pirataria —e aí entramos numa ferida que dói nos artistas mas, principalmente, em suas gravadoras.
A Warner Music, gravadora do Coldplay, já disse que o Pacote Borboleta —como foi chamado— irá, sim, ser vendido aqui, mas não passou data nenhuma e disse que a responsabilidade, agora, era com as lojas.
Peço emprestado um trecho do Coldplay: por quanto tempo a gente vai ter que esperar?