“A banda conseguiu usar sua exposição para o bem maior”, diz Debs Wild

Em entrevista exclusiva para o Coldplay Brasil, Debs Wild fala sobre sua trajetória com a banda e seu livro Life in Technicolor: a celebration of Coldplay.

17.set.2018

“Debs, sem você, não estaríamos em lugar nenhum”, foi o que disse Chris Martin, vocalista do Coldplay. De fato, Debs Wild é uma das pessoas mais importantes da história do Coldplay. No dia 14 de setembro de 1998, ela assistiu ao seu primeiro show da banda, em Manchester, na Inglaterra. Uma data especial para ela, a banda —e, com certeza, todos nós, fãs. Depois disso, apresentou-os à uma gravadora e garantiu o primeiro contrato deles com uma gravadora.

20 anos depois, ela lança o livro Life in Technicolor: a celebration of Coldplay, que reúne depoimentos, entrevistas e fotos nunca antes vistas pelos fãs. “Mal posso esperar pelos próximos 20!”, comentou, em uma publicação no Twitter na qual comemorou a data tão especial.

Ao Coldplay Brasil, ela falou sobre sua trajetória e seu trabalho com a banda. “Tem sido uma incrível jornada”, declarou. O livro, com lançamento marcado para o dia 4 de outubro, também foi assunto. “Eu tive acesso às fotos dos amigos deles e aos arquivos pessoais da banda, então existem algumas verdadeiras joias lá”, comentou.

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Primeiro de tudo, é uma honra estar conversando com você, especialmente agora que você está preparando algo tão importante quanto o seu livro.

Obrigado.

Mas tudo começou há muito tempo. Como tem sido sua jornada com o Coldplay desde então?

Tem sido uma incrível jornada de 20 anos. De vê-los tocarem em pequenos lugares na frente de não muitas pessoas a esgotar várias noites em estádios cheios. Ser parte disso tem sido empolgante…

Você tem trabalhado com eles por um longo tempo —incluindo o Oráculo, no qual os fãs poderiam perguntar sobre a banda. Como você lida com toda essa responsabilidade?

Quando você trabalha para pessoas que você ama, você apenas tenta fazer o seu melhor e não decepciona-las. A única responsabilidade que tenho é a de protege-los e de tentar representa-los da melhor maneira que puder. Não é uma dificuldade; é um privilégio.

E quando você teve a ideia do livro?

Eu não tive. Fui chamada para escreve-lo.

Para isso, você se juntou a Malcom Croft. Como você chegou até ele?

Mais uma vez, não fui eu. Ele veio até mim. Nós nos conhecemos há 10 anos, quando ele trabalhou como editor. Ele quase publicou um livro que eu estava escrevendo na época….

O que os fãs podem esperar do livro?

As fotos mais incríveis que nunca foram vistas antes. Eu tive acesso às fotos dos amigos deles e aos arquivos pessoais da banda, então existem algumas verdadeiras joias lá. Eu particularmente adoro o Capítulo Zero sobre os primeiros anos porque a Internet não estava realmente por aí [na época]. Entrevistei muitos colaboradores e pessoas da equipe, incluindo Phil e Dave. Eu também revi por minhas entrevistas com a banda do passado, algumas das quais tinham novas citações nunca publicadas antes. Uma coisa que foi realmente difícil foi tentar condensar 20 anos em um certo número de páginas. Não havia nenhuma maneira que eu pudesse escrever sobre tudo —até mesmo as melhores partes— o que significa que muito foi perdido na edição, mas poderia ter sido tão facilmente o dobro do número de palavras!

Para finalizar, algo que perguntamos a todos que nós conversamos: você acredita que as músicas do Coldplay podem mudar o mundo? E qual música você acredita ter mais impacto quando se trata disso?

Eu não acho que elas podem, eu sei que eles podem! Eu posso reescreve-lo ligeiramente para algo que eu costumava ter estampado em uma camiseta, mas para mim significa a mesma coisa —a música muda vidas. Eu recebo e-mails diariamente de fãs de todo o mundo. Então muitos deles estão me contando suas histórias de como o Coldplay os ajudou em situações difíceis, mas ocasionalmente eles me dizem como uma música salvou sua vida ou os ajudou a mudar seu caminho. Muitas pessoas se conheceram e se casaram por causa de uma música. Algumas pessoas pegaram um instrumento ou decidiram escrever por conta própria depois de ouvir a música da banda. Eu não posso destacar apenas uma música porque é relativo. A existência delas levou a mudanças em uma escala maior, do envolvimento com a Make Trade Fair, o Global Citizen e muitas instituições de caridade e causas. A música é poderosa e a banda conseguiu usar sua exposição para o bem maior. É uma coisa maravilhosa.

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